Sunday, August 26, 2007

Desflora-me, suplico-te

Desflora-me, suplico-te!
Cai-me em cima como o deus do trovão
Quase me apetece acariciar tudo...
Desperta em mim o sabor do chão
Faz-me lamber o entulho.

Fantástica a liberdade com que os pensamentos voam
Decepam-se como mouros tresloucados
Arrepiam-se de prazer, 1000 bocas a clamar por ti
São pistolas de cristal almofadadas por dentro

Percorreste a auto-estrada, o desvario, só para vir ter comigo, e isso excita-me profundamente.

Estar contigo é como amar um robô, malhar no ferro quente como um ferreiro
Estar contigo é como ouvir o som de flautas tocadas pelos Sigur Ròs

E a saliva sabe-me a areia.
Chora, imploro, arrebata-me,
Deixa-me ser teu amigo.

2 comments:

Unknown said...

Tu és o escritor mais genial de que tenho memória.

Unknown said...

E o facto de a tua pila ser inquestionavelmente grande conta. Tais épicas sucessões de espermotáicos ditongos acidam a saliva quando interpretados à luz da apreensão efectiva de tamanho facto.