O meu savoir-faire é o meu cão
Raios e coriscos, inferno e danação.
Ò minha água pútrida,
O meu Ice Tea de limão
Meu açúcar,
Boneca dentro da fruta
Astrónoma de olhos verdes
Vestida de Homem das Neves
Resta-nos pouco nesta vida
Senão beber, beber desvairadamente
Um Homem é aquilo que bebe!
Perder a noção do que já se bebeu
E continuar a beber.
Beber desenfreadamente, estouvadamente,
Anticonstituicionalissimamente.
Beber para ter forças para beber mais.
Beber fazendo um brinde:
“Longa vida a quem viva somente
Pelo próximo copo de aguardente!”
Beber tanto ou mais que o Dylan Thomas e o Allen Ginsberg juntos,
Beber até dizer “Chega!”
Beber e cantar, beber e beijar,
E vomitar perigosamente perto dos lábios que nos beijaram.
Depois disso beber mais um bocado.
Beber para afogar as mágoas
Afogá-las com muito cuidado
E voltar a puxá-las para baixo
Sempre que voltarem com a cabeça
Teimosamente à tona.
Beber como um peru no Natal,
Fazer de conta que o fígado não existe
Nem faz falta.
A nossa força é
Não ter ases na mão
Mas tentar o ridículo
Na esperança de o fazer funcionar.
A nossa fraqueza é sermos ridículos
De quando em vez
Raptar a lua
E fazê-la brilhar.
Perdoem-me, irmãos, na verdade
Sou só um simulacro de astronauta
Sou só um palhaço cosmógona
Sou poeira de estrada e não de estrelas.
Perdoem-me, irmãos, na verdade
O entusiasmo é um buraco negro
Que me grita - Nada em excesso, assim
Na Arquitectura como na vida.
Toda a síntese inconsciente destas linhas
Conspirava em copos de sanidade,
Pestanas incongruentes das azias
Que terminam no caralho da saudade.
Toda a parafernália do coração
Dispara no caminho do deserto
E faz da sua nobre profissão
Manter-se no caminho incerto.
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