Wednesday, February 7, 2007

Ode ao whisky selvagem


Reclamo para nós o direito ao whisky selvagem. E reivindicarei (por nós) todos os CATA-DAPA-TUNTUMS consequentes. O whisky selvagem é fotografia sensível. Neste momento de embalo em que o doce vinho vai longe, decantado de desencanto, cantaremos o whisky selvagem com todas as sétimas menores, charleston matreiros de quem virá a ser marinheiro.
Reclamo-o para nós, sim. Porque o whisky selvagem é 16:9, é super16, é TECHNICOLOR, é a lágrima que perdurará pendurada nos nossos corações aveludados de tanta lua escondida naquela manhã de auto-estrada minguante.
A nós o whisky selvagem! Ele tem mais cores do que um amigo colorido, mais faces do que um prisma avantajado, mais flores do que um trompete desabrochado. Planifique-se esta cachoeira de sons líquidos que ecoam no grafismo errático deste lugar, desta terra castanha que se entranha nestas unhas que coçam uma atmosférica PRIMEIRA VEZ, primeira vez, primeiro BOP desassolado de sétimas matreiras, marinheiros desencantados e lacrimejantes graficamente pendurados nas auto-estradas de gargantas que gritam em uníssono: BOP! BOP!
WHISKY SELVAGEM! Para nós essa destilação de Satanás, esse torpor delinquente, que nos apoquente, que nos requente, que nos ESPORRE a cara de veloz PRAZER!!! (E que na próxima rotunda, nos espete a forquilha do fazer crer).

1 comment:

DoxDoxDox said...

whisky, whisky,
nunca chega
e leva sempre lá...